Se você é daqueles que tremem só de pensar em apresentar um trabalho para a turma, estas dicas são para você. Já falamos em outras ocasiões sobre o alto estresse envolvido em apresentar um trabalho acadêmico para toda a turma, mas vamos focar nas técnicas que podem nos ajudar a relaxar e fazer uma boa apresentação. Embora não gostemos de apresentar um trabalho para toda a turma, é melhor se acostumar, porque se quisermos obter nosso
eTítulo universitário, teremos que fazer isso dezenas de vezes. Além disso, se estudarmos uma pós-graduação, isso acontecerá novamente, e na maioria dos empregos também nos encontraremos na mesma situação, então é melhor se acostumar.
1. Boa preparação
A técnica mais eficaz contra o estresse é simples: estar bem preparado. Se dominarmos o assunto e praticarmos várias vezes em voz alta na frente de nossa família ou amigos e corrigirmos os erros, já teremos uma ideia de como faremos, então será muito mais fácil relaxar. Temos que teatralizar, nos gravar em vídeo e fazer isso tantas vezes que se torne automático. Essa é a maneira de fazer uma apresentação excelente.
2. Cartões são essenciais
Durante a apresentação, é bom ter alguns
cartões ou um tablet à mão para seguir o fio do que estamos dizendo caso algo nos distraia (nervos, por exemplo). Isso nos dará confiança extra, e estaremos mais tranquilos sabendo que temos essa ajuda e que não precisamos depender apenas de nossa memória. Mas cuidado, é apenas um apoio. Como já preparamos bem, não deveríamos precisar dele. É apenas um reforço para nos sentirmos mais seguros e não um grupo de papéis para nos escondermos.
3. Não revisar logo antes de começar a apresentar um trabalho
Pesquisamos, nos documentamos, escrevemos o trabalho e dominamos o assunto. Já praticamos a apresentação em casa e temos os cartões e um suporte audiovisual, então não cometamos o erro de revisar tudo logo antes de começar a apresentar. Isso só criará insegurança e confusão. Caminhar, respirar profundamente, beber água ou fazer exercícios para relaxar é muito melhor do que revisar logo antes de apresentar um trabalho.
4. Projete sua voz
É importante que todos presentes possam nos ouvir claramente, então devemos falar alto e articular bem. Devemos
projetar nossa voz e manter a cabeça erguida, olhando para frente. Se falarmos para a gola da camisa, ninguém nos entenderá. Devemos pronunciar as palavras devagar e claramente. Para ter certeza de que estamos fazendo certo, é bom nos gravarmos e ouvir até que tudo soe perfeito. Mesmo que no início estejamos nervosos e nossa voz pareça estranha ou trêmula devido aos nervos, apenas nós perceberemos isso, e após os primeiros minutos, essa sensação estranha passará, e falaremos com mais confiança.
5. Melhor em um ambiente descontraído
Sem deixar de lado a seriedade e profissionalismo exigidos em apresentações orais de trabalhos, especialmente em trabalhos de conclusão de curso ou de pós-graduação, podemos tornar o ambiente o mais descontraído possível, fazendo piadas sobre algumas partes (sem exagerar) ou tentando envolver a plateia fazendo perguntas. Em uma atmosfera mais descontraída, a plateia estará mais atenta, nos valorizará mais, e nós também nos sentiremos muito mais à vontade.
6. Linguagem apropriada
Devemos usar uma linguagem correta o tempo todo, o que não significa que devemos usar todas as palavras com mais de 10 sílabas ou termos técnicos que ouvimos durante nossos estudos. Não se trata de entediar as pessoas com tecnicismos insuportáveis para mostrar o quanto de vocabulário conhecemos; trata-se de comunicar: a linguagem serve para nos fazer entender. Vamos falar corretamente, mas de forma simples e direta, sem usar palavras de baixo calão ou expressões de gíria.
7. Cuide da linguagem corporal
Devemos evitar fazer muitos gestos com os braços ou nos mexer incessantemente em uma dança nervosa. Ficar parado como uma estátua também não é bom; nossos gestos devem ser normais, relaxados e apoiar nossas palavras, enfatizando o que é importante, mas sem distrair a atenção do que estamos dizendo. É importante não exagerar e nos comportarmos da forma mais natural possível, como se estivéssemos em uma conversa descontraída. Mesmo que nos sintamos nervosos por dentro, se nos movimentarmos com facilidade, os outros não perceberão, e aos poucos nos sentiremos mais relaxados.
8. Contato visual é importante
Não devemos olhar fixamente para os cartões ou para o PowerPoint; podemos fazer isso de vez em quando para anotar algo ou para nos isolar um pouco da plateia se a sensação de ser observado nos incomodar demais, mas não devemos esquecer que precisamos nos conectar com as pessoas que nos ouvem. Devemos olhar para a plateia, e suas expressões devem servir como guia para saber se estão atentos, se estão interessados no que estamos dizendo, se é hora de fazer uma piada para que não adormeçam, ou se, pelo contrário, devemos ser mais sérios para que não levem nosso trabalho na brincadeira. É muito útil escanear a sala da esquerda para a direita e da direita para a esquerda e fixar o olhar ocasionalmente em alguém aleatoriamente que nos olhe de volta, mas não sempre na mesma pessoa. Dessa forma, cada espectador sentirá que estamos falando com ele, e todos se envolverão mais na apresentação. Se isso for demais para a nossa timidez, então devemos sentar nossos amigos de forma que estejam espalhados pela sala. Ao escanear, só vamos parar neles, então não teremos vergonha de olhar para a plateia.
9. Respire e beba
Estar ciente de nossa respiração ajuda porque os nervos podem nos fazer respirar rápido e não expelir completamente o ar, o que nos fará sentir sufocados. Se sentirmos falta de ar, podemos fazer pausas para respirar fundo, soltar todo o ar e continuar. A menos que o façamos como um instrutor de yoga, ninguém perceberá. Respirar devagar e profundamente nos ajuda a relaxar, mas também ajuda a ter uma boa dicção e controlar a velocidade de nossa fala. Quando estamos nervosos e também temos que falar alto, nossa boca fica seca. Isso nunca falha. E apresentar um trabalho falando com a boca seca não é agradável. A solução é simples: devemos levar uma garrafa de água e usá-la quando precisarmos. Não devemos hesitar em beber, porque não é algo que pareça ruim, e também nos dará alguns segundos para relaxar e pensar, então também podemos usar como estratégia se perdermos o fio ou ficarmos confusos.
10. Superar a despersonalização
Sempre que começamos a falar diante de um público, não importa se é a primeira vez ou se já fizemos isso centenas de vezes, sentimos uma sensação angustiante de despersonalização. É como se, no início, nosso corpo, nossas ações, fossem separados de nossa mente, como se nossa voz não nos pertencesse. Isso é muito normal. Existem atores que, depois de anos e anos de profissão, ainda sentem essa impressão desagradável ao entrar no palco. A chave é saber que só precisamos passar por isso, que dura apenas alguns minutos, e que logo nos sentiremos como nós mesmos novamente. O melhor que podemos fazer quando começarmos a experimentar a despersonalização é reconhecê-la, aceitá-la como algo normal e ignorá-la, porque mais cedo ou mais tarde ela irá embora. Quando o sentimento passar e vermos que não foi tão ruim e que estamos indo bem, tudo fluirá muito mais facilmente e naturalmente, e nos sentiremos melhor conosco mesmos.