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'Burnout' do estudante: como prevenir e lidar com isso

'Burnout' do estudante: como prevenir e lidar com isso
A síndrome de burnout é uma condição muito grave que é bom conhecer para poder preveni-la ou reconhecer seus sintomas em nós mesmos e nos outros.

O que é burnout?

Embora não paremos de ouvir o termo agora, essa síndrome é conhecida desde 1974, quando foi identificada pelo psicólogo americano Herbert Freudenbergen. A OMS a reconheceu como doença em 2019 e já entrou no manual de diagnóstico CID-10 no início deste ano. Burnout consiste essencialmente em "queimar" por uma variedade de causas, entre as quais o estresse sustentado se destaca. Ou seja, devido a uma série de características do curso que estamos estudando, combinadas com nossas características pessoais e níveis elevados de estresse sustentado por um longo período de tempo, pode chegar um momento em que "os fusíveis se queimem". Estudar é uma atividade maravilhosa que será muito útil para nossas vidas e o desenvolvimento de nossa personalidade. Alcançar um eTítulo e o cargo dos nossos sonhos é um tremendo privilégio, mas nada merece que coloquemos seriamente em perigo nossa saúde mental; portanto, antes de enfrentar situações pelas quais pagaremos um preço muito alto, devemos repensar nossa estratégia.

Quais são os sintomas?

Variados e ruins. Devemos ter em mente que o burnout ocorre quando ignoramos todos os sinais anteriores e submetemos nosso corpo a um desgaste tão brutal que não é mais sustentável. Portanto, seus sintomas vão desde queda de cabelo até ataque cardíaco, incluindo depressão, ansiedade, baixa autoestima, pouca capacidade de concentração, agressividade, insônia, taquicardia... As psicólogas Christina Maslach e Susan E. Jackson definem essa síndrome como um fenômeno psicossocial que é composto por três dimensões:
    
  1. Esgotamento emocional: essa primeira dimensão é a chave da síndrome e se caracteriza por uma sensação geral de falta de energia, esgotamento emocional e falta de entusiasmo e recursos.
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  3. Despersonalização: implica atitudes negativas, deterioração nos relacionamentos interpessoais, cinismo, despersonalização dos colegas, falta de eficácia e problemas de comunicação.
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  5. Falta de realização pessoal: tendência a se avaliar negativamente e insatisfação com a forma de abordar os estudos ou realizar atividades relacionadas. Frustração e diminuição da autoestima.
É importante ter em mente que essa síndrome age progressivamente, portanto, quanto mais cedo tomarmos medidas para preveni-la ou interrompê-la quando der os primeiros sinais, melhor.

Prevenção do burnout

A primeira coisa que devemos entender para prevenir qualquer coisa é por que, diante dos mesmos estressores (um curso universitário altamente exigente, por exemplo), algumas pessoas desenvolvem problemas e outras não. Se soubermos quais são os fatores de proteção (que ajudam a prevenir a síndrome) e os fatores precipitantes (aqueles que facilitam sua manifestação), saberemos o que devemos melhorar e em que devemos trabalhar em nós mesmos. Em relação ao burnout, os fatores de proteção seriam ter um bom manejo do estresse, um nível realista de autoexigência, boas habilidades de comunicação, alta inteligência emocional, uma rede de apoio forte, conhecimento real de nossas habilidades, metas realistas a curto, médio e longo prazo, e um bom sistema de organização e planejamento de tarefas. Os fatores precipitantes, obviamente, serão o oposto dos fatores de proteção e indicarão em que devemos trabalhar para prevenir a manifestação do burnout ou de outras síndromes. Dessa forma, se virmos que o que está falhando conosco é, por exemplo, o manejo do estresse, saberemos que é precisamente aí que devemos focar e buscar ajuda para melhorar essa habilidade.

Tratamento do burnout

Um trabalho final de graduação minucioso realizado na Universidade do País Basco pela então estudante Andrea Ortiz de Mendívil Gaya, sobre a prevenção da síndrome em estudantes de enfermagem, apresentou resultados interessantes no estudo estatístico: "As terapias psicossociais estudadas, incluindo mindfulness, comprometimento e aceitação, e treinamento de resiliência, conseguiram uma diminuição estatisticamente significativa do nível de estresse percebido e/ou da síndrome de burnout, bem como melhorias em diferentes traços de personalidade, que por sua vez são relevantes na prevenção do esgotamento." Como diz este estudo, as terapias funcionam. A prevenção e o trabalho pessoal, também. Se nosso nível de estresse começa a se tornar constante e alguns dos sintomas descritos começam a nos parecer familiares, é hora de buscar ajuda de profissionais especializados. Como dissemos antes, um título não vale tanto quanto nossa saúde mental, mas não há motivo para desistir de nossos sonhos. Se virmos que o estresse nos sobrecarrega, podemos buscar soluções como terapia ou sacrificar um ano para melhorar certas habilidades e retomar os estudos depois com forças renovadas.